domingo, 27 de agosto de 2017

Flores

Afinal, desponta na flor, a primavera
Excitada, ficam seus pistilos molhados
Saudável esperança que a vida lhe dera
Para aromar todos os jardins encantados.

Curtem a vida, a fazer tudo que pudera
Buscam seus pares, nenúfares azulados
Narcisos unidos, formam uma galera
Porém, todos estáticos, são enraizados.

Elas formam um quadro bucólico, enfim
Onde a tristeza não entra, lá não tem vez
Rosa é cor, dália brilha, olor é de jasmim.

Mas são efêmeras, vivem só por um mês
Porque tanta beleza tem que ser assim?
Pra não entediar nossas mentes, talvez.

Um comentário:

  1. Que seja bem vinda a infalível e efêmera primavera. Será que o ser humano é capaz de sentir-se entediado com o tapete multicor? Ah!!
    soneto mais que primoroso.
    Saudações Jair.

    ResponderExcluir