segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

A saga do poeta

O poeta, sensível em seus brios
Capricha versos em todos aspectos
Porém mantém recônditos secretos
Cheios dalguns pensamentos sombrios.

Pouco se importa com atavios
Desde que os versos sejam diletos
Que representem mui bem seus afetos
Ou mesmo que estes sejam doentios.

Porquanto todo vate tem visão
E só ao pernóstico ele diz não
Que é onde toda maldade resiste.

O vate então busca pelos países
E mesmo ferindo-se em cicatrizes
Recusa-se a parecer bardo triste.

2 comentários:

  1. Olá, Jair! Pois é estamos de volta, à vida normal, e como é bom!
    Quanto ao seu belo e verdadeiro poema/poeta, 'e mesmo ferindo-se em cicatrizes'... Penso que ninguém tem a sensibilidade dos poetas em saber dizer com beleza. Porém nas entrelinhas a tristeza aparece, sim, mas de uma maneira bela. Porém não quer dizer que seja a tristeza do poeta, não. Poeta imagina, e mente, como disse Fernando Pessoa. Mas seus versos vestem outros poetas, outras pessoas, muitas vezes servem como uma luva... Poetas são observadores do mundo, parecem que vivem no topo, observando... rs
    Abraço, meu amigo, começou bem!

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  2. Caro amigo poeta, sonetista, Jair; nós, poetas, por vezes dizemos que o mundo é azul, quando o estamos vendo meio cinza, outras vezes falamos que estamos alegres, mas estamos meio aborrecidos. Acho que a melhor definição foi mesmo a do Pessoa: o poeta é um fingidor....
    Um abração. Um bom ano, uma boa vida, feliz sempre..

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