E pela estrada alongada, brumosa,
uma caminhada estóica e doída;
passos medidos, mas alma ferida,
entre obstáculos, a face chorosa.
Claro, não existe caminho de rosas,
porque toda senda é a própria vida;
e ao nascer já estamos de partida,
envoltos em neblinas vaporosas.
Sombras poucas, nas luzes ardentes,
nunca há silêncio, apenas rumor,
as aves antecipando poentes.
Pernas cansadas pensamentos cheios,
sem ânimo e lucidez pra se impor;
pois viver é morrer por outros meios.
Pois é, meu amigo, você dá corda, canta a pura verdade sobre a vida, esse mundo assim, assado...há maior verdade do que esse soneto?
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envoltos em neblinas vaporosas.