As vezes, me acode apenas o termo
brando,
que no tecer inconsútil, sequer é fio;
mas há palavras que sem convite vão
entrando,
então aquecem o texto que antes era
frio.
Mas o texto me convida de vez em
quando,
a não pensar, somente curtir um estio;
e, mesmo assim, algum teor vou
bolando,
em que pese sair desvairado ou
sombrio.
Ah! contudo, por vezes acode-me o
pranto,
cobrando-me sentimento na minha veia,
do tipo que no mundo cause certo
espanto.
E não importa se a palavra pareça
feia,
porquanto criar é produzir algo
enquanto,
a mente se encanta com canto da
sereia.
E por falar em criar, isso é com você mesmo, meu caro amigo poeta criativo. Quero crer que o processo seja um pouco diverso para cada criatura que escreve, porém, por certo, deve existir algumas similaridades no universo dos escreventes. Algo que, às vezes, ocorre comigo é a alteração do sentido daquilo que foi esboçado a priori ao ponto de ter de reescrever todo o texto auto-proposto.
ResponderExcluirUm abração. Tenhas uma boa semana.
Perfeitamente, caro Dilmar, muitas vezes o texto "manda" na gente e sai dum modo não planejado.
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