Então
era um poeta transcendente
Dos
que morrem e continuam vivendo
Rabiscava
seus poemas belamente
Mesmo
que ninguém estivesse lendo.
Revelando-se
ao mundo seu escrito
Descobriu-se
daí seu grande talento
Ficou
portanto, o não dito pelo dito
Esquecendo
que criou para o vento.
Pois
era um poeta que criava estrelas
Mesmo
quando não pudesse vê-las
Porque
tinha cabeça cheia de lirismo.
E
seus versos repletos de pigmento
Coloriam
astros de todo firmamento
Com palavras destituídas de cinismo.
Com palavras destituídas de cinismo.
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