Eis que isso cabe perguntar portanto
Qual sentido podemos dar à essa vida
Uma vez que as coisas sem encanto
Assumem certa proporção indevida?
Lidamos dia-a-dia com coisa pequena
É assim talvez pra bilhões de pessoas
O mais das vezes a existência amena
Segue rastejando e aos céus não voa.
E que importância têm as dimensões
Nunca medidas na significância sua
Tanto nas repostas como nas ações?
Indiferente aquilo que está lá na rua
Decerto melhor é acolher só ilusões
Ou lembrar-se que essa vida continua.
?
?
As ilusões fazem parte da vida...
ResponderExcluirMais um excelente soneto-acróstico. Gostei, como sempre.
Bom fim de semana, caro amigo Jair.
Abraço.
Amigo poeta Jair, poeta para qualquer assunto, pois então, acho que ilusões, sonhos utopias, por vezes andam de mãos dadas com a dita realidade objetiva.
ResponderExcluirUm abraço. Tenhas um ótimo fim de semana.
EEu estou a lixar-me para o sentido da vida! Tanto o busquei e não o encontrei. Só vive razoavelmente bem quem põe de lado as questões filosóficas.
ResponderExcluirMas o sonho, a ilusão é o que nos leva.
Belo soneto acróstico.
xx
Amigo Jair: é-me impossível comentar todas os poemas; entre o meu escasso tempo e a prolífera produção poética que divulgas no teu atraente blogue, há uma relação desigual. Mas leio-os quase todos. Por todos eles te dou os parabéns. Quando se trata de acrósticos, primeiro vou descobrir a(s) palavra(s) chave e é sempre com admiração que verifico que o poema está bem construído apesar de subordinado à dita palavra chave.
ResponderExcluirEste (E QUAL É O SENTIDO) não foge ao que disse. Muito bom estruturalmente.
Quanto à questão, que tão bem desenvolves) só posso dizer que vamos encontrando sentido conforme se faz o caminho. Quantas vezes não são as circunstâncias que nos envolvem que acabam por dar um sentido aos nossos passos? E lá vamos indo, entre realidades e sonhos...
Bjo, Jair :)