quinta-feira, 19 de maio de 2016

Nova infância

De novo era aquele menino
De novo falava com bichos
Não fazia nenhum desatino
Havia encontrado seu nicho

No rosto não lhe faltava riso
Cantar como badalar de sino
De quem agora perdeu o siso
Impossível? Não, era destino.

Sem medo de cair no abismo
No pé de manga agora subia
No mundo não havia sismo

Ele sempre alegre se sentia
Sem medo sem pessimismo
Viver assim era o que queria.

Um comentário:

  1. Caro amigo poeta Jair, belos tempos, belos dias, belo soneto.
    Um abraço. Tenhas um bom dia.
    Vosso soneto levou-me a um samba antigo que falava do tempo de menino. Tomei a liberdade de colar aqui para o amigo relembrar.

    Todo Menino é Um Rei
    Roberto Ribeiro
    Compositor: Nelson Rufino e Zé Luiz






    Todo menino é um rei
    Eu também já fui rei
    Mas quá... despertei

    Por cima do mar (da ilusão)
    Eu naveguei (só em vão)
    Não encontrei
    O amor que eu eu sonhei
    Nos meus tempos de menino
    Porém menino sonha demais
    Menino sonha com coisas
    Que a gente cresce e não vê jamais

    Todo menino é um rei
    Eu também já fui rei
    Mas quá... despertei

    A vida que eu sonhei
    No tempo que eu era só
    Nada mais do que menino
    Menino pensando só
    No reino do amanhã
    Na deusa do amor maior
    Nas caminhadas sem pedras
    No rumo sem ter um nó.

    ResponderExcluir