Olhar d‘areia, cabeça de fivelas
O mundo torto, molhado e feio
Língua de trapo fala sem trelas
Sem tampouco dizer a que veio.
Nem muros ou flavos flamingos
Negros o sol, mar e as moscas
A cada segunda um só domingo
Às travas apenas lesmas foscas
A cobra lembra tal qual elefante
Subitamente uma ideia me vem
De Paris seus passos elegantes.
Como todos os teus são também
Olhar vermelho no mar pulsante
Toda explicação existente contém.
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