terça-feira, 12 de julho de 2016

Recado

Chovendo lá fora, eu aqui prisioneiro
Há na chuva a premência aborrecida
Uma mandona neste planeta inteiro
Vem, molha o chão e aborrece a vida.

Age mansa, diluvial ou em aguaceiro
Alivia estiagem, mas quando incontida
Benfazeja, até árido solo virar atoleiro
O que acaba gerando raiva estendida.

Receio que a chuva está dando recado:
Revejam, seres egoístas, seus valores
E vejam que este paraíso nos foi dado
Contudo, agora são néscios poluidores.

Ignoram o futuro, presente e passado
Deixam tudo como teatro de horrores
Agora, me vejo chovendo no molhado.

2 comentários:

  1. A chuva é caprichosa... aqui ela não vem há dois meses e meio.
    Linda poesia!

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  2. E que bem escreve sobre esta "Chuva Aborrecida"!
    Sempre surpreendente!
    Bjo, amigo :)

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