sexta-feira, 22 de julho de 2016

Do amor e da morte

Doer não dói a fatal morte definitiva
O que dói é deixar essa existência
Apenas o amor, a ceifadeira cativa
Mas amor é sensação, não ciência.

O amor não é vida em perspectiva
Representa paz e correspondência
Ele se traduz numa existência viva
Deixa de aparecer na sua ausência.

Ao deixar de bater qualquer coração
Morre de morte morrida o seu amor
Onde houvera luz, faz-se escuridão.

Reina na intimidade agora uma dor
Toda dor desta terra sente-se então
E não haverá consolo seja onde for.



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