Nesgas de sol invadem o sombrio da
mata,
quebrando o verdor semi transparente
apenas;
cortam o ar borboletas asas de prata,
contrapondo-se a araucárias não
pequenas.
No vale um riozinho quase silente
cascata,
e somente ele fere as dolências
serenas;
dando acordes que compõe argentina
sonata,
onde voejam folhas outonais amenas.
Do galho alto, coruja apõe seus pios
graves,
coleópteros coruscam os élitros seus,
enquanto se esquivam de famélicas aves.
Porquanto, tudo forma atmosfera que
enleva,
dos gigantes pinheiros aos grilos
pigmeus,
das flores das copas às minhocas da
treva.
Belo soneto telúrico, meu caro amigo poeta Jair! Uma oração à natureza. Um abração. Tenhas uma ótima semana.
ResponderExcluirMeu caro, voltei para dizer (ao mesmo tempo pedir escusas pelo atraso) acabei de ler o maravilhoso soneto que publicaste no dia 05 de setembro : as cores do céu. Achei o poema digno de Olavo Bilac, porém, menos pesado que os poemas bilaquianos, portanto, mais, mais leve, mais solto, mais vivaz; enfim, um encanto. Um abração. Tenhas uma ótima semana.
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