domingo, 2 de setembro de 2018

O rio

Miúdo e calmo segue o córrego dolente,
marulhando escorre sutil, como quem chora;
e nos remansos, como a descansar, demora,
mas dos óbices do caminho se ressente.

A chuva obriga a jogar alguma água fora,
pra amenizar a força de sua corrente;
já agora, mais largo, bem longe da nascente,
as margens plácidas sua força devora.

Agora seu formato antigo é lembrança,
flui mais rápido e onde corre causa clamor,
porquanto, cada vez, mais ousado se lança.

Um rio será ser vivo sempre, onde for,
corrente aquosa expressiva, que não cansa,
responsável pela flora e pelo verdor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário