Cada homem carrega segredo em seu
peito,
custoso, pesado e perverso esse
transporte;
e, para conduzi-lo, o homem se faz
forte,
tenta demonstrar-se um ente perfeito.
Porém, quando, a noite, deitado no
seu leito,
o homem reflete se realmente tem
sorte;
se assim será até encontrar sua
morte,
e mesmo se é correto isso que tem
feito.
É porque, desse jeito vive duas
vidas,
uma condição, no mínimo, bem
estranha,
de consequências reais e
desconhecidas.
É quando o mais miserável do seres se
sente,
como a carregar nos ombros uma
montanha,
sem defesa, pés atados: bola e
corrente.
Caro amigo poeta sonetista Jair; eis um soneto à la Sartre, filosófico existencialista.
ResponderExcluirUm abração. Tenhas um ótimo dia.