segunda-feira, 12 de maio de 2014

Vai, mas permanece


Nossa existência seguindo, caminha
E estes anos vão cobrando em saúde
Cada vez que somar-se uma netinha
Subtrai-se mais um dia pro ataúde.

É, porém, excelente que assim seja
Pois em nosso bolo de aniversário,
Aquela agora chegada é a cereja,
Que a saudamos em seu berçário.

Nós nos vamos e os genes permanecem
Morrendo, vivemos neles então
Pois nossos cromossomos não esquecem
De expandir a próxima geração.

Então, cada novo membro é “espécimen”
Que dá seguimento à civilização.

Um comentário:

  1. Amigo Jair, muito bom! Acho que o indivíduo sem herdeiros, aquele que não deixa sua continuidade, deve ter a sensação, em determinados momentos, sobretudo a partir de uma determinada idade, de uma árvore seca, incapaz de produzir frutos.
    Um abraço. Tenhas uma ótima semana.

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