segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Óculos

Porquanto nós, os óculos dependentes
As vezes nos damos conta do quanto
Ficamos à mercê deles bem de repente
Se os deixamos pois em qualquer canto.

E é difícil concordar ser mero cegueta
Portanto a nós tolhe até certa vaidade
Preferimos fazer número de opereta
A admitir uso de tais lentes na verdade.

Porém nos cobra falta de visão a idade
Sem que esse fardo possamos driblar
Então vamos carregados de humildade
Caminhando e tateando bem devagar.

Mas o que vale mesmo é a liberdade
De andar pelo Planeta sem reclamar.

3 comentários:

  1. É!... Não importa sermos ceguetas de visão, importa enxergar com o sentimento...

    ResponderExcluir
  2. É brabo se acostumar com essa ferramenta ocular.
    Teu escrito disse tudo.
    Abraços e um ótimo ano!

    ResponderExcluir
  3. Caro amigo poeta Jair, versejador de qualquer tema, pois eu também sou cliente desta ferramenta, pus meus primeiros óculos aos trinta anos e não parei mais. Inicialmente era para longe, depois, mais tarde, veio o braço curto; ai era um tira um e coloca outro, e perde este e não acha o aquele, até adotar a solução através do multifocal. Faz uns dez anos que tiro os óculos só para dormir.
    Um abração. Tenhas uma boa noite.

    ResponderExcluir