Não compreendo humano prazenteiro
Que o tempo todo parece desprendido
Todo tempo alegre, falsamente festeiro
Ignorando o que pedem seus sentidos.
Quer vender imagem de um ser faceiro
Que contudo não deseja jamais ser lido
Porque ninguém o vê totalmente, inteiro,
Diz-se em nenhum momento, aborrecido.
Porém quando nos detemos no seu
olhar
Percebemos mistérios, dúvidas, enredos
Embora ele goste de alegria demonstrar.
Por certo o interior está cheio
de medos
Porquanto o que ele mais teme é o azar
Que certo virá, mais tarde ou mais cedo.
Meu caro amigo poeta Jair, nada escapa de vossa pena. És um poeta perscrutador.
ResponderExcluirUm abraço. Tenhas um ótimo fim de semana.
"Por certo o interior está cheio de medos" - a síntese adequada para os que parecem dar e vender felicidade.
ResponderExcluirMais um excelente soneto!
Bjo, Jair :)