Mas Manoel, como no
Gêneses fez o criador
Amassava o barro e dele
seus versos fazia
Naturalmente com
maestria conduzia andor
Ordenhando da natureza
o maná da poesia.
Ele era vate que bebia
diretamente na fonte
Longe desses modismos
que por aí estão
Deitado a contemplar a
fímbria do horizonte
Em cada bicho ou árvore
achava inspiração.
Bedel da harmonia e da
beleza pantaneira
Amava o despretensioso e
a simplicidade
Receptivo ao
descomplexo à sua maneira.
Renhido poeta, não
desdenhava a verdade
Observador atento nunca
escrevia besteira
Sua obra assaz prenhe de espontaneidade.
Mas olha só!! Ontem comprei um livro de Manoel de Barros, chama-se 'Meu quintal é maior do que o mundo'. Uma antologia. Numa de suas entrevistas, ele se definiu assim: O poeta não é obrigatoriamente um intelectual, mas é necessariamente um sensual". Quis dizer que esse sensualismo poético lhe dava a feição genuína e lhe permitia 'encostar o Verbo na natureza'.
ResponderExcluirTalvez nenhum outro poeta tenha tido uma relação tão intensa com a natureza. Sua poesia é carregada de significados e emoção.
Linda homenagem.
Abraços!
Quando aqui entro, perco-me no tempo (apesar de estar cada vez mais ocupada no cumprimento de tarefas pessoais e familiares); nunca é demais elogiar a tua arte poética; neste último, e depois de ler o comentário da Tais, escreveste com toda a propriedade sobre o poeta!
ResponderExcluirBjo, amigo :)