quarta-feira, 19 de abril de 2017

Viagem

Navegando à deriva, sem encontrar porto
Sou vítima passiva, meu velame ao vento
E este é tirano, ignora meu melhor intento
Nenhum roteiro é reto, todo rumo é torto.

Todo cuidado aos detalhes me torna absorto
Roubando naco vivo do meu pensamento
Sou embarcação perdida de navegar lento
Impassível, derivando naquele mar morto.

Porém, vejo que talvez num ano, algum dia
Uma luz farta no fim do túnel viria
De forma a mostrar-me o caminho, porque não.

Com clareza, rumo da rota a ser seguida
Que nada mais é que o rumo da própria vida
Que eventos que se espera do futuro virão.

Um comentário:

  1. Belo momento lírico, caro amigo poeta Jair; belo soneto. Este é o terreno que eu mais gosto na poesia, no conto, no romance; na literatura em geral: a reflexão filosófica. Amigo, tu és muito bom neste quesito. Um abração. Tenhas uma ótima quarta-feira.

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