segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Homo idosus

Vai, idoso, fazer sua caminhada lenta
Indo pra longe, talvez, de sua morada
E saiba que de andar, idade não isenta
Pois está a tua espera, a trilha calada.

Porém, ninguém é moço com mais de sessenta
Embora a vida seja muito sossegada
Contudo, se correr por aí você intenta
Lembre que é difícil até subir escada!

Mas, perceba a magreza deste seu teu braço
E a quase inexistência da sua bunda
Essa presbiopia no teu olhar escasso.

Enquanto mais nos teus anos você afunda
Então, uma advertência portanto lhe faço:
De tanto olhar o solo vai ficar corcunda.

2 comentários:

  1. Meu caro vate, a gente quando jovem imagina que a velhice é algo a anos luz à nossa frente, coisa que demoraria séculos para acontecer, entretanto, foi diferente do que prevíamos, pois a juventude passou muito rápido e agora estamos na terceira idade, mas vamos em frente, com menos elasticidade, mas, estamos vivos, e estamos lúcidos...
    Achei linda a homenagem ao pai. Teu pai te transmitiu um bem que nenhuma moeda compra: a honestidade. O Sr. Ananias era o cara.
    Um abração. Tenhas uma ótima semana.

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  2. rssss, vamos remando, pois depois dos 50 tudo é lucro! Falo fisicamente, pois seguindo o parecer de Jonathan Swift, nunca um homem sábio desejaria ser jovem... Deve ter algo de diferente na mente dos mais velhos! É óbvio!
    Abraço!

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