sábado, 26 de maio de 2018

Minhas palavras

Não quero uma palavra imponente ou escrava,
desejo-a pura, exata como se escreve;
e pouco importa se quilométrica ou breve,
pois, bem vinda seja se uma rima destrava.

Palavra sólida não derrete, não é lava,
tampouco serve, se gelada como neve;
e palavra pesada abafa a idéia leve,
tem que ter sonoridade se um tanto cava.

O termo deve definir justo, não tudo,
porque as possibilidades são infinitas,
dos galácticos conglomerados ao miúdo.

Mas aquelas que talvez nunca foram ditas,
pois serão aproveitadas por mim, contudo,
vêm do pensamento e passarão a ser escritas.

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