Pregando no deserto, louco, andava,
trânsfuga vate, transido de amor;
mas por que enlouquecido ele estava,
não sabe que amar o faz vencedor?
Mas manter vida saudável, cismava,
deseja simplesmente recompor;
contudo, sua mente não deixava,
paixão punha o cérebro no torpor.
Mas o bardo há perdido a razão,
porque amor lhe é estranho talvez,
e seus neurônios perplexos estão.
Louco, porque louco romance o fez,
Eros, com a varinha de condão,
desativou sua plena lucidez.
Acordei hoje, um dia ímpar para mim, falido peço licença do trabalho para voltar pra casa (a casa torna)... então leio este poema e me vejo perdido de amor ausente, "transido de amor", e mesmo assim nada adiantou, apenas a loucura, que é única que é,minha..............grande Jair Lopes, senhor de todas as palavras, as para mim principalmente, obrigado.
ResponderExcluirps. Carinho respeito e abraço.
Que lindo poema, tens o dom de poetizar assim, bem sabemos que paixão é dor e põe o cérebro no torpor!
ResponderExcluirTodo poeta é mesmo meio louco!
Amei ler e aproveito para agradecer o carinho da visita e sempre amável em seus comentários!
Abraços apertados amigo Jair!
Muito bom, vejo que teus poemas brotam com muita facilidade, vêm lá do fundo da alma e despejam o que está pulando de felicidade ou encucado com alguma coisa que sempre nos incomoda. E saem assim, verdadeiros e com o qual nos identificamos. Na verdade, amigo, todos temos um pouco de loucos, uns mais, outros menos. E os poetas são sensíveis ao extremo à isso. Serão mais loucos? Não; talvez mostram com mais facilidade e sem barreiras!!
ResponderExcluirMuito bom, muito!
Abraço!