quinta-feira, 14 de junho de 2018

A noite e o poeta

Deslumbrado, a noite calma, o vate cultua,
fazendo seus versos esperando mais dela;
nas rimas, um profundo desvelo revela,
quedo, pensando e triste no meio da rua.

Tendo como única testemunha aquela lua,
refletindo na vidraça alta da janela;
a Selene tem completa noção que é bela,
enquanto no firmamento etérea flutua.

O vate assume as belezas como poderosas,
simplesmente todas, até as nebulosas,
que dominam firmamento em toda amplidão.

E, mesmo, ali está invadido pelo luar,
que, mesmerizante, obriga-o a versejar,
então chora, humilhado pela imposição.

2 comentários:

  1. Boa noite, Jair,
    seu soneto me pareceu triste, quando o poeta percebe ou afirma que a beleza de todas até as nebulosas, fazem parte da beleza da lua, da noite escura e do poeta na rua. Gostei. Abraço!

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  2. Pode ser triste como a Marli escreveu, mas que ficou lindo, ah ficou! Mas lembro-me mais de poetas tristes do que dos alegrinhos! Não sei se esse gosto é só meu, mas vejo mais beleza nos poemas tristes.

    Abraço!

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