Um campo florido de cores deslumbrantes,
bom sol em céu límpido resplandecendo;
bucolismo básico como não se viu antes,
e surge no horizonte um vendaval horrendo.
Os pequenos bichos se recolhem as grutas,
aves que piavam, escondem suas vozes;
sons que se ouviam fazem parada abrupta,
estático, um esquilo que guardava nozes.
Agora a campina tal um verde deserto,
cerra seus movimentos como quem dorme,
porquanto tal tormenta virá, mais que certo.
E tudo nos mostra um desmantelo enorme,
de modo que ninguém quer ficar por perto,
porque tudo no campo ficará disforme.
Meu caro amigo poeta Jair, estás a nos presentear este belo soneto, num estilo arrebatador, que mais uma vez lembra Augusto dos Anjos, porém um Augusto mais palatável, asséptico, pós-moderno... Muito bom!
ResponderExcluirUm abração. Tenhas uma ótima semana.