segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Ao tempo


Porque o tempo é arrogante e impessoal
Assim, a ele nunca importa se tudo passa
Somos apenas meros passageiros afinal
Se aqui estamos, depois viramos fumaça.

Algum dia a nossa existência chega ao fim
Goste-se ou não, vítima da inexorabilidade
E adaptado ou não tanto, terá que ser assim
Indiscutível que o tempo é a única verdade.

Relativo é o tempo, quer a física convencer
Outra porém a nossa percepção entretanto
Se pouco tempo temos para o nosso lazer
Devagar ele passa se houver lida um quanto.

Ontem éramos jovens e tempo era eterno
Talvez pouco notássemos a sua voragem
E não nos percebíamos a ele subalternos
Mesmo porque a existência é uma viagem.

Porém agora sei que o tempo não governo
Objeto do tempo, sou somente sua imagem.

2 comentários:

  1. Caro amigo poeta Jair, o tempo é um ditador tirano. Um abração. Tenhas uma ótima semana.

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  2. Jair:
    Muito bom, muita verdade. Sinto cada vez mais que é inútil qualquer conversa com o tempo! É o tipo da coisa, cada um na sua; ele trabalhando contra e nós nos virando como dá.Tentando nos enganar em suaves prestações. E tudo acaba em dois toques diante dessa imensidão de tempo que, sequer, conseguimos imaginar. Só sei que nosso tempo é um grão de arroz...
    Grande abraço!

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