sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Diretiva


Poeta, por que tantos versos escreve,
Por que como outros essa vida não vê,
Então, rasgar pergaminhos se atreve,
Pensando que tudo no mundo é você?

Respondeu a fitar-me nos olhos, atento:
Pois para não chorar de tristeza, versejo
Então, minhas palavras se vão ao vento
De tal forma que nunca mais eu as vejo.

Sou aquele que por aqui passa apenas
Que, no fundo, somente fujo da morte
E minhas conquistas são tão pequenas.

Na verdade não tenho sequer um norte
E como eu pelo país existem dezenas
A fugir dos mistérios com alguma sorte.

2 comentários:

  1. Caro amigo poeta Jair, acho o fazer poético é a nossa tábua de salvação, nosso norte, ainda que por breves instantes.
    Um abração. Tenhas um ótimo dia.

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  2. Felizes dos poetas que colocam suas questões escritas com leveza, que se distanciam dos problemas (muitas vezes) através de uma escrita bela e sonhadora.
    Amigo Jair, desejo a você e sua família um Natal como você deseja e merece, Natal de amor e de paz. E para 2016 muita saúde, inspiração e que a interação entre os amigos blogueiros continue se fazendo presente como até hoje. A amizade, mesmo virtual, pode ser tão proveitosa e sincera como a amizade real. Só depende do caráter das criaturas que habitam o planetinha (rs).
    Muito obrigada por sua participação e comentários em meu blog no ano que está se indo.
    Grande abraço, amigo.

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