sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Circa...

Não me importa se é noite ou se é dia
Não me sinto a mercê do tempo corrido
Se pudesse para-lo, como então seria?
Um silêncio acachapante, desmedido?

Sequer penso se essa hipótese existiria.
O que nunca foi, por certo não teria sido
Porquanto almejar a resposta é uma fria.
Ao fiel tempo e ao universo me sinto fido.

Porque eternidade existe, assim o Infinito
Provam aquelas estrelas que a noite fito
Não importando porquanto elas estão ali.

Sem estrelas o vasto universo será treva
E a imaginação, ao ignoto por certo leva
Quando não me importo é porque morri?

Um comentário:

  1. Pois então, caro amigo poeta Jair, belo soneto. Mas se a vida é única, sem continuidade, por certo não há eternidade.
    Um abração, com ou sem eternidade, tenhas um ótimo fim de semana.

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