quarta-feira, 15 de agosto de 2018

As aves e nós

Como seres que só se reúnem em bando,
os passarinhos, desde tempos de outrora;
são viventes que inauguram os sons da aurora,
abrem a manhã recém nascida, cantando.

Figuram no céu com suas asas cortando,
nuvens etéreas que logo vão-se embora;
mas essas aves indicam que já é hora,
de mandar mensagem enquanto vão voando.

Logo, dizem que o mundo é melhor sem nós,
e que somos seres carentes de carinho,
humanos são a mais horrenda criação.

Que humanos jamais podem ficar a sós,
porquanto homem destruirá o próprio ninho,
e que ao vigor da natureza dirá não.

2 comentários:

  1. Lindo soneto, tens a sensibilidade de nos dar esses belos versos, concordo plenamente, as aves nos dão , como todos os animais, uma demonstração de que o homem nunca aprende a respeitar a natureza, acho que a racionalidade é destrutiva!
    Abraços apertados querido amigo Jair!

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  2. Meu caro amigo poemista e sonetista Jair estás a nos ofertar mais um belo poema. Direi uma bobagem a respeito do tema porque foi o primeiro pensamento que brilhou enquanto os olhos liam as últimas estrofes: os humanos são mesmo desumanos...
    Um abração.

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