terça-feira, 7 de agosto de 2018

Todas auroras do mundo

Pinta-me uma aquarela no oriente agora,
antes que quase totalmente a noite suma;
as nuvens vestem-se de cores uma a uma,
então lá vem despontando uma nova aurora.

Somente na mata persiste opaca bruma,
a qual, certamente, logo se vai embora;
porquanto, deste dia está chegando a hora,
como sempre nossa natureza costuma.

O sol, este artista, toda aurora pinta,
e não economiza miríades de cores,
e disfarça o visual, embora não minta.

Contudo distribui no mundo seus calores,
de forma que nossa civilização o sinta,
e, nos jardins, amadureçam suas flores.

2 comentários:

  1. Bom dia, Jair
    soneto que nos descreve o maravilhoso pintor que
    registra em sua tela o colorido do mundo, das emoções.
    Artista que não economiza nas tintas, pois precisa registrar tudo que pinta.
    Abraços!

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  2. Caro amigo poeta Jair, nos presenteia com mais um belo soneto. Muito Bom!
    Um abraço. Tenhas uma boa noite.

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