terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Soneto-acróstico À palavra


Prosaica ou talvez mais sofisticada
Até muito afetada além da medida
Letífera, como não querendo nada
A palavra marca e transmite a vida.

Vai o vate em busca do termo certo
Recorre ele ao seu dicionário então
Acontece que mesmo ao tê-lo aberto
Reconhece que o procurou em vão.

Então a palavra correta se esquiva
Bestuntar passa a não ter sentido
Ela, rebelde, se recusa a ser cativa.

Lograr acha-la é um tempo perdido
Deixa-a, porque se julga uma diva
E melhor não tê-la num texto fluído.

3 comentários:

  1. Caro amigo poeta Jair, sabemos que a palavra é caprichosa, entretanto, o amigo tens a capacidade de brincar com elas.
    Um abração. Tenhas um ótimo dia.

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  2. Criar acrósticos bons requer habilidade com os vocábulos. Gostei bastante.

    Jair, muito obrigada pelo acróstico que fez pra mim e deixou postado no blog Vendedor de Ilusão. Achei ótimo! Grata.

    Abraços/Rosa Mattos
    http://contosdarosa.blogspot.com.br



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  3. Olá Jair, tudo bem?
    Seus acrósticos encantam.
    Beijos
    Lua Singular

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