domingo, 19 de abril de 2015

19/04 - Dia do índio

Soneto-acróstico

Havia milhões deles na lusa chegada
O “descobrimento” invadiu sua terra
Já portugueses cuja existência irada
Equacionou-os numa cruenta guerra.

Depois veio a ocupação e extermínio
Inclinados à paz perderam a batalha
Assim consolidou o lusitano domínio
Daquela exploração maldosa e falha

Os índios quase sempre a fraca parte
Íntimos de bichos, da terra e da mata
Não resistiram à pólvora e bacamarte.

De então para cá, silvícolas se mata
Indefesos, eles, sem algum baluarte
Objeto da insânia “civilizada” se trata.

5 comentários:

  1. Oi Jair
    O homem tomou o lugar dos índios desmatando as florestas, hoje vivem na beira das pistas vendendo artesanato.
    Eu sou neta de índia.kkk
    Beijos

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  2. "Todo dia era dia de índio,/ Mas agora ele só tem o dia 19 de Abril...". Que pena!

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  3. Grande Jair, grande acróstico!
    Abaixo uma homenagem do meu tempo de escola:
    Os Índios

    Os índios de nossa terra,
    Eram selvagens, valentes!
    Comiam caças e peixes,
    frutas, raízes e sementes...
    Usavam arcos e flexas,
    nas guerra e nas caçadas.
    Sendo o tacape e a lança,
    Armas também muito usadas!

    Acreditavam num deus,
    Tupã, assim o chamavam,
    Porém o sol e a lua,
    eles também adoravam.
    No feiticeiro da tribo,
    tinham também muita fé,
    era o mais velho de todos,
    o curandeiro, Pajé.

    Em várias nações ou tribos,
    Os índios se dividiam,
    andavam nus ou de tanga...
    Penas as vezes vestiam.
    A casa chamavam Oca,
    Aldeia chamavam Taba,
    E ao grande chefe da Tribo,
    Cacique ou Morubixaba.


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  4. Pois é amigo poeta Jair, dia do Índio. Mas que restou deles! Assassinados na própria casa, engolidos pela cultura do invasor.
    Repentista. Tu és um repentista de escol, como se dizia no tempo em que éramos criança, meu caro Jair.
    Bela homenagem ao iluminado Garcia Marques, autor do monumental Cem Anos..,
    criador de personagens ímpares, tais como a centenária Úrsula, acompanhando de perto seus loucos, como ela mesma dizia; o aventureiro promotor de revoluções e perdedor das mesmas, Coronel Aureliano, que morreu fabricando peixinhos de ouro; o incrível Marcondes e seu inventos mágicos...
    Cem Anos de Solidão, um livro para ser e relido muitas vezes, porque vale a pena, enfim, um romance fora-de-série.
    Um abraço. Tenhas uma ótima semana.

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  5. Devagar estão acabando com a fauna, a flora e nossos índios. Mas é a tal coisa, esse país sabe preservar suas origens, né Jair? É triste ver o 'Dia do Índio'! Aliás, é triste ver como acobertam tanta coisa inútil e fútil.
    Abraços, amigo!

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