quinta-feira, 2 de abril de 2015

O tempo


O tempo, os traços do desenho apaga
Esgarça a renda dos vestidos também
O branco do sorriso por vezes estraga
Mas distancia amores perdidos, porém.

O tempo esse ente soberano mas cruel
Vilipendia sonho adormecido e memória
Rasar passado e presente é seu papel
E escrever uma nova página da história.

Nos faz estranhos em frente ao espelho
Ali o que nos contempla ninguém parece
Porém impermeável a qualquer conselho
Vai lento o tempo, os seres não esquece

Então, nas nossas vidas mete o bedelho
E daí nada mais escuta nem uma prece.

Um comentário:

  1. Caro amigo poeta Jair, eis o tempo; a inexorabilidade do tempo!
    Um abração. Tenhas uma ótima 5ª feira.

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