quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Aquela voz

A noite envolta em silêncio imenso
Que dentro dele carrega nostalgia
Enquanto eu impressionado penso
Que as trevas expulsam a luz do dia

Me flagro então a constatar assim
Sobre quanto esse mundo é vazio
E acabo tendo certa pena de mim
Porquanto tudo que me cerca é frio

No escuro penso o que será de nós
Neste universo silencioso, opressor
Esperançoso quero ouvir alguma voz

A qual venha do além ou de onde for
Seja ela branda, comezinha ou atroz
Mas que disperse esse horrível torpor.

4 comentários:

  1. Lindo soneto, meu caro amigo poeta Jair. Um abraço.Tenhas uma boa noite.

    ResponderExcluir
  2. Muito bonito, principalmente o segundo verso! Tão verdadeiro. Também sinto pena de nós todos, os humanos do bem.
    Abraços, amigo, boas férias aí tão longe!!!

    ResponderExcluir
  3. Encantador meu querido amigo Jair Lopes,senhor de todas as palavras, lindo e tenso e obscuro, como eu gosto, como uma parte de mim é. Conheço esta sensação, quando criança já sofria de insônia, e ao apagar das luzes me sentia assim (este poema foi um mini flaschback (não esta escrito corretamente rs). Mas penso no planeta Terra, no Universo, vagando por este céu sem fim...Um soneto a caminho da perfeição. Já viu um canguru ?
    ps. Carinho respeito e abraço.

    ResponderExcluir
  4. Já vi cangurus, koalas e outros bichos esquisitos. Abraços.

    ResponderExcluir