sábado, 13 de fevereiro de 2016

Tempo

Obtuso e arrogante segue em frente
Tem pelos seres apenas indiferença
Ele é supremo e nada sabe de gente
Mas desprezando-nos, sem ofensa.

Porque o homem se julga inteligente
Opina-se de uma relevância imensa
Tentando fazer do tempo seu cliente
E ri dele o tempo, pelo que ele pensa.

Mero ente bípede que pelo solo anda
Todo homo acha que tempo escraviza
E sequer percebe que o tempo manda.

Mesmo sabendo que tempo não avisa
Persiste achando que tempo demanda
O que leva a, no final, colher só brisa.

3 comentários:

  1. Realmente, caro amigo poeta Jair, o tempo manda e não pede!. Um abração. Tenhas um ótimo fim de semana.

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  2. E dizem que o tempo é apenas uma alegoria criada pelo homem para suportar a existência; quem disse? Não sei.

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  3. Pois é, Jair, na medida do possível tento me amoldar, mas não ficar sob seu jugo, enlouquecida para cumprir as metas estipuladas dos relógios ou calendários. Compromissos que muitas vezes nos botam em noucaute de tão pesados. Tudo dentro de um tempo X. Não acho bom negócio. Mas longe de mim subestimar esse 'tempo'. Como disse a você, mudarei eu! Quando der.

    Abraços, amigo.

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