segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Senil

Olha aquele ser que vai se arrastando.
Será o dinossauro que se perdeu por aí,
Então está ao léu procurando o bando,
Perplexo, não se acha, e não caiu em si?

Tem olhar vago a dizer, como, quando?
Um dia fui passear um tanto e me perdi
Agora não sei se vou, volto, me mando.
Gastei energia, até nas calças fiz xixi.

E bem forte já foi, hoje do vento apanha
Nota-se como fazendo parte do cenário
Átomo perdido na teia de uma aranha.

Resta-lhe este arrastar lento e solitário
Indaga-se quem é essa figura estranha?
O que vemos aqui? é o septuagenário!

Um comentário:

  1. Meu caro poeta Jair, o andar da carruagem transforma a gente! Olha, ainda não alcancei os 70, mas já sinta a mão pesada do tempo. Um abraço. Tenhas uma ótima semana.

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