terça-feira, 7 de março de 2017

O Mar à minha porta

O poderoso mar é grandeza, é fúria
De coerência assaz transcendental
Apesar de que o faz nunca por mal
Nem sequer por vontade ou luxúria.

Se seu comportamento causa injúria
No homem, bicho, continente ou nau
Há que entender sua rixa com litoral
É briga perpétua, de origem espúria.

Porquanto é inelutável o mar/oceano
Sequer se pode transigir de sua luta
E por mais que nos pareça inumano
Ele só um pouco do mundo desfruta

Porque certamente nunca foi leviano
É ente sem o qual a terra seria enxuta.

2 comentários:

  1. Perfeito, meu caro amigo poeta Jair, o mar é um mundo à parte, apesar de ser um dos componentes básicos deste planeta. Sem ele, certamente, a existência seria bem diferente.
    Um abração. Tenhas um bom dia.

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  2. Esse seu poema me fez lembrar da minha adolescência onde eu vivia com um poema na cabeça, passaram-se 1000 anos e nunca esqueci: Deus, de Casimiro de Abreu! Éramos obrigados a estudar todas as escolas, todos os períodos. E esse ficou. Lembrei porque falava do mar, da grandiosidade.
    Abraço!

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