sexta-feira, 4 de abril de 2014

Noite


Na consciência soa voz pequeninha
Tênue passional, porém insistente
Mostrando que lá de dentro vinha
Desconforto que incomoda a mente.

Contudo, parece monólogo gritante
Assaltando-nos como um pesadelo
Que não deixa sequer um instante
De lançar-nos um fremente apelo.

Entretanto haverá de existir um jeito
De enfretar-mos infeliz madrugada
Desoprimir para sempre nosso peito,

Debaixo dessa janela escancarada
E retornarmos tranquilos ao leito
Sem sentir ou pensar em mais nada.

2 comentários:

  1. Amigo, poeta, Jair, eis um soneto de quem saber versejar com estilo. Há tempo percebi, na blogsfera, tua capacidade criativa através das réplicas e glosas. Aqui descreves, quase com leveza, os fantasmas interiores, que, vez por outra, perturbam nosso nas madrugadas.
    Um abração. Tenhas um ótimo fim de semana.

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  2. Jair, ato falho na última oração do comentário, eu pretendia dizer: perturbam nosso sono nas madrugadas.
    Um abração.

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