terça-feira, 29 de abril de 2014

Velhice

Maldito espelho diz que envelheço
Que esmaece tonicidade muscular
Talvez tal senilidade seja o preço
Que todo vivente terá que pagar.

A degradação corporal é o começo
Duma velhice que está prá chegar
E não há como conservar em gesso
Aura de saúde plena, espetacular.

Sequer adianta virar pelo avesso
Tentando desse modo saúde salvar
Assim ofegante respirando opresso
Cansado, encostado num espaldar.

Então descubro que tudo mereço
Pois aqui não estamos para ficar.

2 comentários:

  1. Pois é meu amigo, poeta Jair, são as agruras sofridas pela nossa carne passageira. Há gente que tenta de várias maneiras ganhar um lustrosinho a mais na pele, uma rigidezinha a mais no músculos, um escurecimentosinho a mais nos cabelos - se eles ainda não foram embora -, mas, eu, particularmente, acho tudo isso uma bobagem, que pensar diferente que me perdoe, mas...
    Um abraço, meu poeta..

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  2. Virgi Maria... e que desastre essa não aceitação do envelhecimento.
    Além da degradação física, pobre do espírito! E como aparecem coisas esdrúxulas...
    É triste.
    Abraços, Jair.
    Bom feriadão: mais um!

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