Maldito
espelho diz que envelheço
Que esmaece
tonicidade muscular
Talvez tal senilidade seja o preço
Que todo
vivente terá que pagar.
A
degradação corporal é o começo
Duma
velhice que está prá chegar
E não há
como conservar em gesso
Aura de
saúde plena, espetacular.
Sequer
adianta virar pelo avesso
Tentando
desse modo saúde salvar
Assim
ofegante respirando opresso
Cansado, encostado
num espaldar.
Então
descubro que tudo mereço
Pois aqui não
estamos para ficar.
Pois é meu amigo, poeta Jair, são as agruras sofridas pela nossa carne passageira. Há gente que tenta de várias maneiras ganhar um lustrosinho a mais na pele, uma rigidezinha a mais no músculos, um escurecimentosinho a mais nos cabelos - se eles ainda não foram embora -, mas, eu, particularmente, acho tudo isso uma bobagem, que pensar diferente que me perdoe, mas...
ResponderExcluirUm abraço, meu poeta..
Virgi Maria... e que desastre essa não aceitação do envelhecimento.
ResponderExcluirAlém da degradação física, pobre do espírito! E como aparecem coisas esdrúxulas...
É triste.
Abraços, Jair.
Bom feriadão: mais um!