terça-feira, 8 de setembro de 2015

Ave


Ave que nos ares nunca está perdida
Seguindo trilha que seu destino traça
Voa pois, daí depende a própria vida
Se não voar representa sua desgraça.

Nos ventos alísios se encontra inserida
E tampouco estranha até a névoa baça,
Cruzar o firmamento, por certo sua lida,
Onde houver espaço, lúdica ali esvoaça.

Vivendo de zéfiros, os ventos engole,
E pouco lhe toca do Planeta o destino
Embora regras de voo as vezes viole.

Então lhe resta evitar qualquer menino
Que com cetra quer diminuir sua prole
E contar pros amigos a peça, imagino.

Um comentário:

  1. Caro amigo poeta Jair, tu não és pássaro, mas sobrevoas com desenvoltura sobre o mapa poético, através da tua criatividade assaz eclética.
    Um abraço. Tenhas uma ótima semana.

    ResponderExcluir