domingo, 20 de setembro de 2015

Buraco negro


Quando ouso pensar, o Infinito se levanta
O cosmo, com galáxias que metem medo
Cuja magnitude astronômica parece tanta
Que, embasbacado, eu permaneço quedo.

Tão grande este universo na ponta do dedo
Que a qualquer imaginação menor espanta
Por conter em seu esconso algum segredo
Que tudo que pudermos conceber suplanta!

Mas com laico pensamento o infinito invado
Meu vaidoso peripatetismo assim determina
Trago para o racional esse tal Indeterminado.

Transpor horizonte de eventos é minha sina
Ante conglomerado galáxico não fico parado
Sou o buraco negro que mora ali na esquina.

3 comentários:

  1. Muito bom caro amigo poeta Jair. Pois é, já foi dito que somos um grão de areia em às grandeza galáticas.
    Um abraço. Tenhas uma ótima semana.

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  2. Boa noite, querido poeta, Jair.
    Seu soneto nos remete à pergunta: Quem somos? -De onde viemos?
    Gostei deste verso:-Tão grande este Universo na ponta do dedo......
    Penso que na ponta do dedo as galáxias se encontram para formar o nosso infinito pessoal. Somos viajantes eternos de galáxias infinitas. Belíssimo soneto repleto de simbologias . Grande abraço!

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  3. Jair.Seus poemas são profundos e reflexivos,além de belos. 'O buraco negro que mora ali na esquina"_metáfora magistral

    Realmente agora você me segue e vi meu blog na sua lista.Grata. O seu estará também na minha de favoritos no layout,à direita.

    Obrigada pela visita.Estou com problemas no computador e navegado no modo seguro.

    Ótima quarta-feira

    Abraços

    Donetzka

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