Pois é, sequer era estar na moda
Vestir-se camisa volta ao mundo
Aquela confortável alpargata roda
E o tal tergal, donde era oriundo?
Não só banlon, recorda do buclê?
As chamadas calças boca de sino
Coisas que agora não mais se vê
E laquê, para moça que tinha tino.
O bambolê deixava a cintura fina
Penteados duros tipo mãe de miss
Garotos lambuzados de brilhantina.
Recato e namorico como mãe quis
Nada de paquerar além da esquina
Recordo-me e tudo isso eu bem fiz.
Caro amigo poeta Jair, belos tempos, velhos tempos; recordações, lembranças, recuerdos, remembers,; coisas que ficaram dentro da gente, que relacionadas a qualquer detalhe antigo (e são tantos detalhes) nos remete àqueles dias, quando éramos felizes e nem sabíamos que o éramos, porque éramos jovens, e, além de tudo, a lembrança tem uma característica especial de ampliar o prazer já haurido, transformando momentos bons em maravilhosos, espetaculares; ao mesmo tempo possui o dom benevolente de amenizar, atenuar eventos dolorosos, desagradáveis, por quais passamos, lá atrás, bem atrás...
ResponderExcluirCurti, digo, senti-me dentro do teu belo soneto.
Um abraço. Tenhas um bom dia.
OMG! bons e velhos tempos ...
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