Quando
eu surjo elas sobem na cadeira
Apavoradas,
as mulheres berram no ato
Num
frenesi estranho sem eira nem beira
Que
outros consideram o maior barato.
Não
há no planeta, humano que me queira
Desprezo
que sentem é grande e imediato
Porque
vivo no monturo, no lixo, na poeira
E
meu maior inimigo é um sorrateiro gato.
Faço
ninhos de trapos e restos de esteira
Me
escondo em vão e até em velho sapato
Para
minha segurança evito fazer besteira.
Prefiro
morar na cidade bem longe do mato
Sou
considerado praga nesta nação inteira
Para
quem não sabe, sou o execrável rato.
Apesar de que em meados do século XIV o continente europeu ficasse marcado como uma época de grande sofrimento, com a peste bubônica (Negra), a mais terrível peste que abateu a Europa e dizimou um terço de sua população, em que as pulgas contaminadas se hospedavam nos ratos e esses transmitiam aos humanos através da bactéria Yersinia pestis, e a peste era voraz, atacava os nódulos linfáticos, a virilha e pescoço, febre alta e o aparecimento de bolhas, pus, sangue e vômito provocavam a morte em menos de 24 horas, contudo, sabendo do que os ratos são capazes não consegui pegar nenhum medo ou fobia desses animais. Talvez porque nunca topei com um pela minha frente... é aquele velho ditado, o que os olhos não vêem o coração não sente. Nesse caso, medo.
ResponderExcluirEm compensação... baratas e aranhas... rssss cruzes! E não fariam o estrago dos ratos!
Abraços, Jair! Tá boa a bicharada.
Caro amigo poeta Jair, à primeira estrofe imaginei que o bicho era a barata, entretanto , meu prognóstico falhou. Realmente, o rato é um terror!
ResponderExcluirUm abração. Tenhas uma linda semana.