domingo, 10 de setembro de 2017

Barulheira

Daqui eu escuto a terrível barulheira
Mil sons desarvorados, até estalido
Até parece que uma multidão inteira
Une-se num grande formidável rugido.

Não é lamento como duma carpideira
Talvez algo bem eloquente, proibido
Tampouco algazarra de alguma feira
Mas por certo não faz algum sentido.

Então, só faço aqui me tornar quieto 
Não cabe observação ou reprimenda
Sentimento, mantenho o meu secreto.

Talvez porque não haja que o prenda
O barulho fica cada vez mais discreto
Então se perde, finalmente, na senda.

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