sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Passa o tempo


Frente ao espelho quando vejo meu rosto
Sei que que se aproxima o fim da batalha:
Pele flácida, decompondo-se ao sol posto,
Informando que passar dos anos não falha.

Em quase tudo sou aquele ser decomposto,
Onde essa idade madrasta tanto trabalha.
O tato, a vista, o ouvido, o olfato e o gosto,
Desagregam-se, me indicando a mortalha.

A carne não é somente matéria bastarda,
Que com o tempo vai perdendo seu brilho
É indicador mostrando o tempo que tarda,
Que é hora de passar cetro para seu filho.

Então não olho amoque para a retaguarda
Porque a sepultura será meu próximo exílio.

3 comentários:

  1. Pois é, caro amigo poeta Jair, queiramos ou não, estamos em contagem regressiva. Tal sentimento acompanha-me desde quando fiz os "sessentinha"
    Um abração. Tenhas um ótimo fim de semana.

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  2. Super tenso mas verdadeiro ... por isto é q a vida sempre se nos apresenta nova a cada dia ... urge viver sem perder tempo ...

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  3. Eu sei disso, quem não sente o mesmo?
    É triste, dá uma baixa e perguntamos qual é o sentido de tudo... Sei lá.
    Abraços, deixe pra lá...

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