quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Migração interna

Quando o caipira deixa o campo amado
Desfaz as raízes e a antecedência,
Optando por cidade e a violência,
Se torna um retirante deslocado.

Antes camponês e agora um coitado
Deixou no pasto da vaca, a inocência!
Dessa vida servil, não tem ciência
No meio do rebanho, é simples gado.

Na lida do campo, sinceridade
A urbe, estranha maldade encobre
É donde se vê o cinismo e a inverdade.

E não há virtude que não soçobre
Há culto da riqueza e da vaidade
Ricos só vivem a custa do pobre.

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