sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Rio da vida

Igual um rio, vejo a existência que passa
Como caudal silencioso, tristonho e lento
Algo levianamente sem nenhuma graça
Como, talvez estátua resistente ao vento.

Pois, observa-se que assim a luta é escassa
Apática, contrária, sem qualquer alento
E desvio de conduta certamente enlaça
Dependente somente daquele momento.

Tal um rio, não voltam as águas passadas
Fluiu no passado, como neste presente
O que se foi, trata-se de favas contadas.

Contudo só permanece aquilo que sente
Os eventos, acontecimentos e os nadas
Sem deixar espaço para que se lamente.

Um comentário:

  1. Meu caro amigo poeta Jair, o rio flui em alguma direção, que os nossos sentindo ainda não percebem com clareza. Tivéssemos os sentidos mais apurados nossa inserção no rio da vida teria outra conotação.
    Um abraço. Tenhas um bom dia.

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