sábado, 11 de fevereiro de 2017

O nada existe


Além da fímbria do Universo conhecido
Existe mais, muito mais que se imagina
Talvez negror tenebroso, ou névoa fina
Abrindo-se pro nada sem algum sentido.

Vácuo perfeito, em que tudo foi diluído
E sem explicação e qualquer visível sina
Sequer externalidade, mesmo pequenina
Ali não há início do que foi ou teria sido.

Mais importante, terrível imensidão
Onde qualquer vida nunca teve pulsão
Pois não há forma, não há matéria tampouco.

É o local onde nasce o tal tédio que mata
Como fora da natureza a eterna errata
Criação excêntrica de um ente louco.

Um comentário:

  1. Meu amigo poeta Jair, pois acho o nada cósmico ainda é alguma coisa, mas, enfim, eis um tema para pensar...
    Um abração. Tenhas um ótimo domingo e uma excelente semana.

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