terça-feira, 19 de maio de 2015

À arte


Quanto desalento por essa arte ingrata
Que lágrimas e sangue do artista cobra
Quase sempre com desprezo ela o trata
Independente do quanto custa sua obra.

Contudo a tal arte ao artista nunca mata
Pois este submetido, o seu talento dobra
Como afirmando: aqui, respondo na lata!
No meu trabalho minha dedicação sobra.

Porquanto, não choro a derramada tinta
E cada vírgula, ponto, parágrafo ou traço
Que lavro, quero que toda a gente sinta.

Faço da arte, com humanidade meu laço
Embora as vezes pode parecer que minta
Minha arte como minha vida é o que faço.

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