Depois de tudo, depois
da extrema
calada da eterna noite
sombria.
Nada mais que feia
escuridão fria,
a qual tolhe e prende
como algema.
Tão atro que sequer
produz dilema,
porquanto, lá nada
mais existia,
se fora o medo,
angústia e agonia,
de forma que não
existe problema.
Ausência de delírio a
paz registra,
outra alternativa é
mais sinistra;
das volúpias da carne
dos gemidos.
De forma que então
acaba em nada,
tal como folha de
papel rasgada
de gibis eróticos
proibidos.
Meu caro amigo poeta Jair, eis um soneto digno de um Augusto dos Anjos pós-moderno. Um abraço. Tenhas um ótimo fim de semana.
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