sexta-feira, 10 de julho de 2015

Ao dízimo

Soneto-acróstico

É, a gente com fogo do inferno ameaça
Natural que povo medo acabe sentindo
Ódio, miséria, cataclismos ou desgraça
Induzem crente ser na igreja bem-vindo.

Soltamos vitupérios naquela vil massa
Nós mostramos certo paraíso mui lindo
Onde rebanho fica em estado de graça
Persuadidos em nossa rede vão caindo.

Útil é toda orientação quando se passa
Logo o pastor tem que ser remunerado
Porquanto só relógio trabalha de graça.

Infelizes eles nos doam dízimo sagrado
Talvez por sua imaginação ser escassa
O bolso do pregador vive bem estofado.

2 comentários:

  1. Caro amigo poeta Jair, vossa irona fina descreve muito bem, poeticamente, o quadro.
    A coisa virou comércio. Eu não consigo entender como tanta gente cai na armadilha.
    Tudo bem, sabemos que o nível cultural de uma camada grande da sociedade é bem limitado, entretanto, os métodos de espoliação já se tornaram bem chinfrins.
    Um abração. Tenhas um ótimo fim de semana.

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  2. Também não entendo...Conheço gente que não tem condições nenhuma, mas entram no esquema. Abraços, Jair, você trouxe um assunto ótimo e tri de polêmico...Eles tem suas 'explicações'...

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