quarta-feira, 22 de julho de 2015

Vida e morte


A vida que no animado corpo ardia,
Não mais ali está, não mais a vejo,
Se fez invisível, mesmo à luz do dia
Desapareceu apesar do meu desejo.

Vicejava, porque chama nela havia,
Porém sei foi, não lhe resta lampejo,
Porque existência é rua de única via
Mas quando se vai, se vai de sobejo.

Ainda que tenha sido suave, de leve
Até que apagou, cumpriu seu destino
Como todo ser vivente pode e deve.

Porque não há qualquer sopro divino
Que torne perene essa vida tão breve
Motivo não há para qualquer desatino.

2 comentários:

  1. Caro amigo poeta Jair; morte consequência da vida, mistérios para uns, naturalidade para outros, mas certo que da dita cuja ninguém escapa.
    Um abração. Tenhas um bom dia.

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  2. "Espero quando meu dia chegar, quando meu olhar tiver o brilho opaco da despedida, que eu tenha a doce ilusão de que a morte não me venha tão amarga, que me toque docemente e, sobretudo, com compaixão".
    Abraços, amigo Jair!

    (parte de um texto meu)

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